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Resultado escolar: como acompanhar a evolução em sala de aula?

Durante muito tempo, a parametrização da evolução de um aluno durante o seu ano letivo era com base nas notas do boletim. Pais, professores, família e toda a rede de apoio das crianças e jovens estudantes exigiam (pelo menos) um 8 ou um B para certificar que o resultado escolar era bom o suficiente. 

 

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Com o passar dos anos, os avanços da sociedade e também a evolução na área da educação, o conceito de aprendizagem e as habilidades adquiridas durante o tempo no ambiente escolar também foram reformuladas. 

Claro, o nível de exigência pouco mudou, mas a análise de um bom rendimento na escola vai além da nota na prova ou da média final. 

Por isso, é importante refletirmos que tipo de desenvolvimento estamos falando. O que a escola pode oferecer aos alunos e como isso poderá influenciar na vida e futuro deles? Veja mais no artigo a seguir!

 

O que esperar do desenvolvimento dos alunos?

Para responder essa pergunta, é importante ressaltarmos que o objetivo principal da aprendizagem é proporcionar o desenvolvimento de habilidades e competências que compreendam as crianças e adolescentes integralmente, olhem seus aspectos psíquicos, emocionais, sociais, cognitivos e tecnológicos, além de prepará-los para o futuro.

 

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Por que ter um olhar integral? 

Vivemos em um período em que estamos constantemente expostos a muitos estímulos e desafios. Desta forma, é fundamental saber como encontrar a melhor maneira de lidar com diferentes situações. 

Uma instituição de ensino que compreende essas necessidades pode contribuir muito para a formação de seus alunos. 

Quando trabalhamos e desenvolvemos junto aos estudantes competências e habilidades que os ajudam a lidar com as frustrações, a utilizarem a empatia, a se socializarem e buscarem compreender a si e suas emoções, estamos oportunizando a eles um ótimo desenvolvimento. 

Os alunos precisam ser os protagonistas de seu processo de aprendizagem, para adquirir autonomia e segurança para fazer escolhas, para buscar soluções e refletir acerca do ambiente que os rodeia. 

 

Mas e o estudo dos conceitos?

Tudo isso não significa que os conhecimentos técnicos não devam existir. 

Pelo contrário, proporcionar aos alunos uma educação que os ajudem a compreender suas emoções e a fazerem boas escolhas, abre as portas para um conhecimento técnico ainda maior nos assuntos abordados no ambiente escolar. 

Para aprender novos conceitos, executarmos fórmulas e raciocínio lógico, o cérebro deve alcançar a sensação de bem-estar e encontrar alegria ao fazer algo que gosta ou quando estamos perto de pessoas que amamos. Assim, somos aptos e receptivos a novos conhecimentos e desafios, elevando a capacidade cerebral ao seu máximo potencial.

 

Ponto de atenção: cresce o número de crianças e adolescentes com crises de ansiedade

Um dos efeitos que a pandemia deixou para educação foram as crises de ansiedade e desmotivação para os alunos. 

As crianças sofreram ao estarem isoladas e distantes da escola e ainda podemos perceber os impactos disso no processo de aprendizagem. Aumentaram as cobranças das famílias quanto à formação dos filhos, pois temem que tenham perdido muito tempo no pico da pandemia afastadas da escola e de certa maneira precisam “recuperar o tempo perdido”. 

Esse tipo de cobrança, como os estudos pré-vestibular, o início da alfabetização, ou o momento certo de aprender a ler, têm gerado em parte das crianças uma pressão que as submetem a ter crises de ansiedade. 

Em uma pesquisa realizada no ano de 2021 pelo Datafolha, onde entrevistaram 1.056 responsáveis por 1.556 estudantes na faixa etária de 6 a 18 anos, constataram que cerca de 74% dos estudantes desenvolveram crises de ansiedade, e episódios de muita irritabilidade e tristeza. 

Ao voltarem a frequentar a sala de aula e o convívio com os amigos, são elementos que podem reduzir esses números. 

©2021romero Cruz

Como podemos perceber e contribuir para um bom desenvolvimento dos filhos?

Olhar com atenção as notas não basta, é importante um olhar atento às emoções e sinais que os estudantes nos dão. Seu filho se sente motivado a ir à escola? 

Você pode perceber os sinais de um bom desenvolvimento escolar quando observa que o aluno se sente feliz e engajado nos estudos, isso não significa tirar nota 10 em tudo, mas orgulhar-se das descobertas novas que fez, das boas escolhas e de quão seguros as fazem. 

 

Programa de avaliação da Escola Mais

Na Escola Mais, uma de nossas preocupações é referente às metodologias de avaliação aplicadas entre os alunos de diferentes turmas. Nós utilizamos uma perspectiva transversal, processual e formativa.

Isso significa que os resultados ao longo da prática pedagógica têm prevalência frente a resultados apenas de uma avaliação final. 

Além de considerar um olhar constante do professor para o desenvolvimento integral, o desempenho dos alunos é aferido por meio de diferentes instrumentos que somados geram a nota. 

Esse modelo de avaliação configura uma proposta avaliativa contínua e cumulativa, composta por aspectos qualitativos e quantitativos e que busca contemplar uma visão de aprendizagem ativa.

©romero Cruz

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Concluindo… 

Saber lidar com as frustrações quando algo não sai como esperado, ou chegou aquela nota não tão desejada, cabe a reflexão e não a punição, é necessário diálogo e empatia nesses momentos. 

É importante que tanto em casa como no ambiente escolar as crianças sejam compreendidas, que aprendam a lidar com suas emoções, que exerçam a empatia e cooperação, que saibam refletir e reconhecer quando erram, que sejam autônomas e protagonistas de suas histórias, para que além de um bom desenvolvimento pedagógico estejam preparadas para a vida. 

 

Como disse Paulo Freire: 

“Ninguém ignora tudo. Ninguém sabe tudo. Todos nós sabemos alguma coisa. Todos nós ignoramos alguma coisa. Por isso aprendemos sempre. ” 

 

 Não há uma nota que possa mensurar a ação de aprender. 

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