Ensinar é muito mais do que entrar em uma sala de aula e aplicar a matéria que determina o calendário escolar. É sobre planejamento, estratégia e saber qual é o momento certo para extrair o máximo potencial do aluno. Diante desse desafio, qual é a idade certa para a criança aprender a ler, escrever e calcular? Existe um cedo ou tarde demais?
Neste texto, você vai encontrar a resposta para essas perguntas, além de informações importantes sobre o desenvolvimento e o aprendizado. Vamos lá?
Leia mais:
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>> Escola Mais: Como incentivar a leitura pode ajudar no processo de aprendizagem?
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Tempo e aprendizagem: o que precisa saber?
Antes de iniciarmos essa discussão, é primordial entender alguns pontos. Ao falar de aprendizagem, não podemos pensar em uma fórmula mágica ou uma receita pronta que se aplique a todos os estudantes. Cada criança é única, assim como seu convívio, estímulos e o meio em que está inserida.
De acordo com o Sistema de Ensino Brasileiro, por exemplo, e as propostas curriculares vigentes em nossa legislação, o processo de alfabetização (ou aprender a ler e escrever) deve começar a partir dos 6 anos de idade, ou seja, no 1º ano do Ensino Fundamental I.
Falando nisso, a gente separou um podcast bem interessante sobre Alfabetização e Letramento para você. Ouça aqui:
Leitura, escrita e sistematização de números
Essas três habilidades exigem raciocínio lógico e muito estímulo. Apesar de não parecer, elas estão associadas pois há conexão de conteúdos entre elas.
Antes mesmo dos alunos iniciarem seu processo de aprendizagem para ler, escrever e calcular, elas estão expostas a muitos estímulos que abrem o caminho para o letramento.
O letramento, é o aprender a ler e decodificar o mundo. Isso significa que um aluno não precisa saber ler ou escrever para compreender o que diz em uma imagem, ou saber calcular para compreender a função dos números na sociedade, como a finalidade do dinheiro, por exemplo.
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Matemática vem primeiro
O contato com a matemática é o primeiro passo ao trabalhar com a resolução de situações problemas básicas. Elas acontecem quase de forma involuntária pelas crianças, como dividir um doce ou os brinquedos com os amigos, pedir mais um pedaço da fruta e até mesmo quantas colheres eles precisam comer do prato de comida.
Em todas essas situações cotidianas, eles já estão inseridos nesse universo matemático. O que vai fazer toda diferença na hora de começarem a calcular e registrar isso no papel.
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Leitura e escrita
Da mesma forma acontece com a leitura e escrita. Ao escrever, a criança encontra uma necessidade de comunicação. Quando vê os pais escreverem um bilhete e – nos tempos atuais – até quando enviam uma mensagem, compreendem que escrever é uma maneira de se expressar e comunicar, iniciando essa manifestação por meio de desenhos.
Também querem compreender e descobrir tudo que está inserido em seus meios ou no dia a dia, um exemplo dessa assimilação é quando se deparam com o nome “CINEMA” escrito bem grande no shopping. Ele não precisa ser decodificado para ser compreendido, certo?
Como as crianças podem ser estimuladas?
Tanto dentro da escola, como em casa, a criança recebe vários estímulos que despertam curiosidade e vontade de aprender. Oferecer esses estímulos é mais simples do que podemos imaginar, pois o principal deles é a brincadeira.
Através de atividades lúdicas e divertidas, as crianças adquirem e exercem seu conhecimento de mundo, aquilo que já descobriram e aprendem coisas novas.
O momento da brincadeira na escola e em casa deve ser explorado de diferentes formas, através de histórias, livros, jogos de montar e construir, e músicas para provocar a maior quantidade possível de estímulos.
A metodologia aplicada na Escola Mais
Em todas as fases da formação, a maneira pela qual aprendemos melhor é colocando a mão na massa, estando à frente do nosso processo de formação.
Na Escola Mais, nós priorizamos o protagonismo dos alunos na construção de seus saberes desde os primeiros anos do Ensino Fundamental I, pois acreditamos que a melhor forma de aprender é construindo.
Nossos alunos são levados a explorar o seu máximo durante as Oficinas Maker, realizadas na sala “Polivalente”. É ali que eles podem explorar e descobrir tudo, além de criar e produzir.
Em nossa grade, oferecemos práticas diversificadas vinculadas às Metodologias Ativas, para que estes conhecimentos sejam trabalhados e aprofundados a cada ano com um enorme suporte humano no nosso espaço, onde cultivamos a conquista gradual da autonomia.
A melhor idade para aprender a ler, escrever e calcular
Nós acreditamos muito na valorização da primeira infância como o momento de criar condições neurológicas para preparar essas crianças para iniciarem a aprendizagem dessas habilidades. Para saber mais:
Como dissemos ao longo do texto, antes de completar os 6 anos, as crianças podem e devem ser estimuladas, desde que isso aconteça de forma prazerosa e divertida, sem tornar o aprender a ler, escrever e calcular uma obrigação. Esses estímulos tornarão a hora de aprender significativa e eficaz.
Então, não há uma idade certa para começar a aprender a ler, escrever e calcular, pois as crianças são diferentes, possuem tempos e estão expostas a condições diversas. Dessa maneira precisamos priorizar as condições para melhor aprendizagem, criando condições para que explorem e descubram saberes diversos.
Gostou do que leu até aqui e quer saber mais sobre o método que adotamos em nossas unidades? Venha visitar uma de nossas unidades para conhecer melhor a nossa maneira de olharmos para educação.